sábado, 3 de agosto de 2013

Frio, que graça teria se ele existisse sem você

Senti o ar frio entrar por aquela janela e;
Assim como este, você entrou:
Frio.

Como as folhas têm que cair no outono
Assim você me deixa toda vez que bate aquela porta
Mas não quero me queixar por seu abandono
Outrora me amava
Não pode isso ser engano
Embora você vá sempre embora
Não quero ouvir que fui mimada
Com o pouco amor que você me confiou.

Ando distraída
Mas não me culpe por esbarrar sempre em você
Naquele inverno - me amou -
Frio.

Sigo você pelo olhar
Seus trejeitos, seu andar, aquele beijo
Que falta me faz
Entretanto, não me falta nada
Me aqueço só
Só que a graça esta em sentir frio ao seu lado
Olhos de jabuticaba
Revivo o calor em sua respiração
Sua voz agora me deixa desolada

Saudade do tempo em que me acalmava
Não se preocupe
Quando a primavera nos visitar
Pode ser que te abrace junto ao girassol
Caminhe em uma tarde qualquer
Caminhe sobre o pôr-do-sol
E ao anoitecer
Me aqueça em teus lábios
Debaixo de qualquer lençol 
No frio amor, junto a brisa onde é o nosso lugar.












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