quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Espero ansiosamente

Ansiosa, coração aflito. O mesmo pensamento se repete durante o dia inteiro. Deito, durmo, infelizmente, acordo no meio da noite, o pensamento volta e me incomoda, pois prefiro sonhar do que estar ansiosa. 

É desgastante e, também, cansativo, tentar viver o amanhã enquanto só existe, palpavelmente, o hoje. Quanto pesar ver o coração preenchido de angústia e com assento preferencial para a agonia. Quanto pesar ver o primeiro passageiro a entrar e  aí perceber que seu nome é inquietude. 

Que receio pensar que o meu coração não separou lugar para a paz. Sinto-me atormentada, a preocupação não se cansa de mim, me quer para si.

Que pena! Eu anelo a paz, por ela anseio e para qualquer coisa que a conteste, coloco-me em posição de guerra. A paz persegue, incessantemente, o meu coração até em momento de desassossego. 

Contraditório: Controverso, meu coração se revira, acanhado, impaciente, minucioso e, se ergue confiante em meio à essas circunstâncias à medida que a paz almeja-me e sente ciúmes da desesperança.

Apreensiva, no entanto, ignoro a ânsia por algo incerto. Acreditar é sublime, devido ao fato da fé se firmar em um futuro improvável e ao mesmo tempo, plenamente certeiro, infalível, inquestionável e até mesmo, predeterminado. 

Certamente que o poder da fé não deixa espaço ao duvidoso. E é por esse motivo que: 

Espero ansiosamente deixar essa ansiedade de lado.

Um comentário:

  1. Na desconstrução do gotejar do tempo,
    o que vai além
    (e nunca está aqui )
    mantém na incerteza as coisas que jamais caberiam dentro de nós;

    Gotas, pretérito, agouros...
    Vindouras auroras - que descortinam a fatalidade do agora - quedam qualquer dúvida.

    Está de parabéns pelo texto (já pode des-esperar sobre sua ansiedade!)!

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