Ansiosa, coração aflito. O mesmo pensamento se repete durante o dia inteiro. Deito, durmo, infelizmente, acordo no meio da noite, o pensamento volta e me incomoda, pois prefiro sonhar do que estar ansiosa.
É desgastante e, também, cansativo, tentar viver o amanhã enquanto só existe, palpavelmente, o hoje. Quanto pesar ver o coração preenchido de angústia e com assento preferencial para a agonia. Quanto pesar ver o primeiro passageiro a entrar e aí perceber que seu nome é inquietude.
Que receio pensar que o meu coração não separou lugar para a paz. Sinto-me atormentada, a preocupação não se cansa de mim, me quer para si.
Que pena! Eu anelo a paz, por ela anseio e para qualquer coisa que a conteste, coloco-me em posição de guerra. A paz persegue, incessantemente, o meu coração até em momento de desassossego.
Contraditório: Controverso, meu coração se revira, acanhado, impaciente, minucioso e, se ergue confiante em meio à essas circunstâncias à medida que a paz almeja-me e sente ciúmes da desesperança.
Apreensiva, no entanto, ignoro a ânsia por algo incerto. Acreditar é sublime, devido ao fato da fé se firmar em um futuro improvável e ao mesmo tempo, plenamente certeiro, infalível, inquestionável e até mesmo, predeterminado.
Certamente que o poder da fé não deixa espaço ao duvidoso. E é por esse motivo que:
Espero ansiosamente deixar essa ansiedade de lado.
Na desconstrução do gotejar do tempo,
ResponderExcluiro que vai além
(e nunca está aqui )
mantém na incerteza as coisas que jamais caberiam dentro de nós;
Gotas, pretérito, agouros...
Vindouras auroras - que descortinam a fatalidade do agora - quedam qualquer dúvida.
Está de parabéns pelo texto (já pode des-esperar sobre sua ansiedade!)!